SISTEMA DE DETECÇÃO DE INTRUSÃO



1. FUNÇÕES E CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA
sistema automático de detecção de intrusão destina-se a proteger todas as entradas possíveis dos espaços e o seu interior, e gerar um alarme no eventual posto central de segurança do edifício/instalação, ou no caso de instalações sem segurança permanente, transmitir um alarme de intrusão a uma empresa privada de segurança devidamente certificada para o efeito e/ou ao(s) responsável(eis) pela segurança da instalação, via comunicação por linha telefônica dedicada e/ou por comunicação sem fios.
Este sistema deve ser interligado com os sistemas de controle de acessos, e CCTV (sistema de vigilância vídeo), caso existam, com o objetivo de gerar um alarme quando existam tentativas de aceder a locais por pessoas não autorizadas e credenciadas para tal ou tentativa de sabotagem das respetivas fontes de alimentação e de orientação do sistema para vigilância da área em causa.
O sistema de detecção de intrusão, cuja arquitetura tipo se apresenta na Figura 1, é constituído fundamentalmente por:
  • Central de det
  • ecção de intrusão (CI).
  • Painéis repetidores (eventualmente) – PR.
  • Módulos de zona (MZ).
  • Teclado para operação do sistema (TO)
  • Detectores de dupla tecnologia.
  • Detectores de infravermelhos passivos/PIR.
  • Contatos magnéticos.
  • Detectores de quebra de vidros.
Em situações particulares, designadamente no caso de agências bancárias, o sistema pode ainda incluir.
  • Detectores sísmicos.
  • Botões de alarme manual e/ou de pânico.
  • Pedais de alarme.
Os equipamentos devem obedecer ao indicado nas Normas IEC 61000 e 61508.
Figura 1 – Arquitetura tipo do sistema de detecção de intrusão

2. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS
2.1 CENTRAIS DE DETECÇÃO
Tal como no sistema de detecção de incêndios o sistema de detecção de intrusão pode ser implementado com duas tecnologias – sistema endereçávelsistema convencional.
As centrais de detecção (ver Figura 2) são do tipo micro processado, programáveis, com regime de funcionamento dia/noite, para uma duas, quatro ou mais zonas ou loops (ligação em anel) de detecção, permitindo a ligação de equipamentos de detecção e operação analógicos e digitais, (habitualmente ≈ 130 elementos endereçáveis por loop) e dispondo de visor de cristais líquidos, teclado de comando e programação, botões de comando, sinalizadores do tipo led, alarme sonoro (besouro) e fonte de alimentação constituída por baterias estanques sem manutenção e respetivo sistema de carga, com autonomia para habitualmente 72 horas em funcionamento normal.
Figura 2 – Central de detecção de intrusão
Deverá dispor de saídas programáveis sem tensão e com tensão, entradas programáveis sem tensão e saídas preferencialmente do tipo RS232 e permitir a ligação de um equipamento de tele-alarme, de painéis repetidores, de teclados e de uma impressora, ou um PC.
central fará a monitorização contínua do loop (cabos e equipamento), memorizando as situações de avaria e alarme e a generalidade dos acontecimentos, cuja capacidade não deve ser inferior a para 250 acontecimentos, que poderão ser observados nos visores dos teclados, ou num PC ou impressora que eventualmente sejam ligados à central.
A cada situação assinalada corresponderá uma mensagem, na língua oficial do país onde está instalada e/ou inglês, identificando, se for o caso, o equipamento de detecção, a sua localização e as medidas a tomar. As mensagens serão guardadas registro histórico, para que possam ser chamadas ao visor, ou enviadas para uma impressora.
O acesso à programação e às mensagens é habitualmente condicionado por códigos de acesso hierarquizados, com o mínimo de três níveis: programador; utilizador principal e utilizador auxiliar.
Os sinalizadores deverão assinalar as seguintes situações: alimentação; avaria; pré-alarme; alarme; situação dia; situação noite; sirenes silenciadas.

2.2 EQUIPAMENTO DE DETECÇÃO
Os diversos equipamentos de detecção deverão estar dotados de contatos anti-sabotagem, protegidos contra interferências eletromagnéticas e radioelétricas. No caso dos detectores passivos de infravermelhos e de dupla tecnologia, estes devem também ser protegidos contra falsos alarmes provocados por insetos ou por agitação do ar.
Os detectores passivos de infravermelhos usam o princípio de detecção passiva da quantidade de infravermelhos emitidos por um corpo, apenas detectável quando esse corpo se encontra em movimento.
Já os detectores de dupla tecnologia usam a combinação de duas tecnologias: normalmente as de infravermelhos e de micro-ondas, sendo também sensíveis ao calor emitido pelo corpo, constituindo por este motivo um processo mais eficaz na detecção de intrusão. Quando o sensor passivo de infravermelhos atua, provoca a ativação do sensor de micro-ondasse este último também efetuar uma detecção, o alarme é ativado. O fato de o alarme só acontecer quando ambos os sensores são ativados reduz a taxa de falsos alarmes.
As áreas típicas de cobertura dos detectores passivos são de 16x21 m 7,5x10 m, de 90º a 110º, enquanto para os detectores de dupla tecnologia os valores equivalentes são 16x15 m, de 65º a 110º.
Os contatos magnéticos são utilizados para detectar a abertura de portas e janelas, funcionando por influência de um campo magnético; a sua constituição de base é: um contato elétrico e um íman permanente.
Figura 3 – Tipos de contatos magnéticos
Os detectores de quebra de vidros detectam as frequências geradas pela quebra de vidros e infrassons causados pelo impacto, analisando a totalidade do espetro de frequênciasreconhecendo a característica sonora de uma quebra de vidro.
Figura 4 – Detector de quebra de vidro
Os detectores sísmicos são utilizados na proteção de locais de depósito de objetos de valor(caixas fortes, salas de cofres, caixas ATM, etc.). Utilizam um conversor piezo elétrico, que reage às mais pequenas oscilações de perfis críticos de ondas sonoras de impacto (furação, ondas sonoras de lança de oxigênio, explosões, etc.) que emite um sinal elétrico equivalente ao tipo de ruído detectado.
Figura 5 – Detector sísmico
Os botões de alarme/pânico são utilizados em locais onde existe uma concentração de valores monetários, como as caixas dos bancos ou das lojas âncora das superfícies comerciais, para solicitar ajuda, ou dar início a um alarme de assalto. Os pedais de alarme desempenham a mesma função, tendo a vantagem de serem atuados sem que tal seja perceptível pelos assaltantes.
Figura 6 – Botão de pânico (esquerda) e pedal de alarme (direita)
Os módulos de zona destinam-se à ligação ao loop dos detectores analógicos, contatos magnéticos, botões de pânico e pedais de alarme. Habitualmente estes módulos admitem a ligação máxima de 8 equipamentos não digitais.

2.3 EQUIPAMENTO DE OPERAÇÃO
Os teclados de operação permitem ligar e desligar zonas de detecção, através de introdução de um código preestabelecido, efetuar-se algumas operações relacionadas com a programação e a parametrização da central e interagir com o sistema.
Podem dispor de visor alfanumérico de LCD, no qual poderão ser vistas mensagens de alarme e de avaria e informações sobre o estado dos detectores, sinalizadores led (funcionamento, alarme e avaria), besouro e contato anti-sabotagem.
Figura 7 – Teclado de operação

2.4 CABOS DO SISTEMA
Tipicamente o loop é ligado em BUS, com cabo do tipo UTP 4x2x0,5, Cat. 6 (1) e os equipamentos não digitais são ligados aos módulos de zona com cabo do tipo LiYCY (2).
Os cabos podem ser instalados em esteira metálica ou enfiados em tubulação de PVC (3) ou de ferro galvanizado.

3. DETECÇÃO DE INTRUSÃO DE PERÍMETROS EXTERIORES
Para proteção contra intrusão de perímetros exteriores (parques de armazenagem; parques de estacionamento não cobertos; logradouros de edifícios; edifícios históricos; condomínios fechados; etc.) os métodos mais utilizados são:
  • Barreiras de infravermelhos de feixe ativo – Figura 8.
  • Cerca detectora (por meio de cabo sensor de fibra óptica) – Figura 9.
  • Cabo detector enterrado – Figura 10.
Figura 8 – Barreiras de infravermelhos de feixe activo
Figura 9 – Cerca detectora
Figura 10 – Cabo detector enterrado

NOTAS:
[1] UTPUnshielded Twisted Pair (Par Trançado sem Blindagem); o cabo deve obedecer às normas da EIA/TIA-568 – conjunto de padrões de telecomunicações estabelecido pela Telecommunications Industries Association (Associação das Indústrias de Telecomunicações) – USA.
[1] LiYCY: cabo de transmissão de dados com blindagem em malha de cobre estanhado e condutores de cobre isolados a PVC, agrupados em pares, de acordo com a Norma DIN 47100. DINnormas alemãs.
[1] PVC: policloreto de vinilo.


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Fonte: Voltimum

DISJUNTOR MOTOR.



Aparelho constituído de disparadores térmicos e magnéticos atua na partida do motor elétrico, assegurando o comando e a proteção do motor e da partida em si contra queima causada por vibração de tensão e corrente na rede, elevação de temperatura do motor e condutores e sobrecargas.

     Para essa proteção, exerce quatro funções: seccionamento (isola da rede os condutores ativos quando o motor está desligado e protege quando há queima de fases do motor), proteções contra curtos-circuitos (detêm e interrompem o mais rápido possível em correntes elevadas de curtos-circuitos para impedir a deterioração da instalação) e contra sobrecargas (detêm correntes de sobrecargas e interrompem a partida antes que a temperatura do motor e dos condutores fique muito elevada e deteriore os isolantes), e comutação (liga e desliga o motor, podendo ser manual, automática ou a distância).



     O que de fato é um disjuntor motor?

O Disjuntor motor é considerado em sua base principal como um dispositivo de proteção em um circuito principal, onde em um único dispositivo pode controlar e proteger o motor que está empregado no circuito.

Esse dispositivo tem a capacidade de desligar e ligar o motor do circuito de forma manual pelo painel de controle, além claro de proteger os motores contra curto circuitos, sobrecarga ou falta de fase, problemas que podem ocorrer a qualquer momento por diversos fatores e com isso o uso do disjuntor motor dispensa o uso de fusíveis de proteção para o circuito do motor.

A aplicação de um disjuntor motor no circuito como proteção do seu motor possibilita uma economia com fusíveis e ainda uma proteção muito mais elevada para seu motor, pois esse dispositivo pode atuar em milissegundos contra um curto circuito.

Funcionamentos do disjuntor motor.

Além da função de proteção o disjuntor motor possui ainda a função de seccionamento, ou seja, capaz de interromper a passagem de corrente elétrica quando ocorrer uma sobrecarga que fora notificada pelo disparo térmico ou mesmo um curto circuito e com isso rompeu-se o eletromagnético do disjuntor motor.

A proteção feita pelo disjuntor motor contra sobrecarga baseia-se no princípio da dilatação térmica das laminas do contato desse dispositivo, no qual quando ocorre um superaquecimento essas laminas começam a se deformarem ao ponto de romperem o circuito, desligando assim o equipamento empregado a ele.

Já o efeito de curto circuito no disjuntor motor é idêntico a qualquer outro disjuntor de proteção, ou seja, baseia-se no princípio do dispositivo magnético interno onde quando é apontado uma corrente muito alta o rompimento é instantâneo.

Características e vantagens no uso do disjuntor motor.
Além claro de uma bela economia em não ter que utilizar fusíveis de proteção para o motor o disjuntor motor oferece alguns outros ganhos que podem salvar seu orçamento e além do mais proporcionar um circuito mais seguro, estável e sem grandes danos quando alguma falha ocorrer.

Vantagens do uso do disjuntor motor:

Esses dispositivos possuem a capacidade de serem religados sem nenhum esforço extra, dessa forma podem ser rearmados facilmente depois de alguma falha ou mesmo se estiver sendo feito alguma manutenção e se você utilizou o disjunto motor como um seccionador.

Capacidade de interrupção:
O disjuntor motor possui uma interrupção muito elevada e com isso possibilita a empregabilidade em circuitos de correntes muito elevadas e com uma atuação muito precisa pois pelos seus dois princípios de proteção conseguem cobrir todo circuito e equipamento que esteja sob sua proteção, veja:

Magnético: Propriedade do disjuntor motor exclusivo para proteger contra correntes de curto circuito.
Disparador térmico: Propriedade que pode ser ajustada para cada tipo de circuito e corrente aplicada, esse parâmetro protege contra sobrecarga e é dotado de um mecanismo diferencial que possui sensibilidade de falta de fase também
Ajuste do disjuntor motor:

É sempre recomendado que o valor de corrente do disjuntor motor seja sempre ajustado para a mesma do motor empregado sob sua proteção, pois como sabemos os motores em sua partida possui uma corrente bem maior do que a de trabalho, com isso fazendo o ajuste para a mesma do motor o dispositivo não irá desligar o circuito nas partidas.


A ligação de um disjuntor motor em um motor monofásico é possível, mas deve ser feito uma ponte da fase nas outras duas entradas do disjuntor da mesma fase e na saída à mesma coisa, para que o sistema de proteção do disjuntor entenda o que se procede em um sentido uniforme, mesmo sendo somente uma fase, ele vai ver o que ocorre e atuará, porque a corrente de fase circula por todo o seu sistema e pode assim proceder com precisão mesmo sendo uma fase só.




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