O desenvolvimento de novas tecnologias para captação da energia solar com materiais mais baratos e meios inovadores estão deixando mais acessível a aquisição do sistema de geração de energia pelo sol. Podemos ver os resultados das pesquisas que indicam esse crescimento e que o brasileiro está realmente acreditando no potencial e beneficio de se obter sua própria geração de energia elétrica.
Abaixo vemos os estados em destaque, aonde os sistemas estão crescendo cada vez mais e os benefícios para todos serão excelentes.
O Estado do país que mais gera energia elétrica por meio de usinas
fotovoltaicas de micro e mini geração é Minas Gerais, que alcançou 103 MW
gerados com energia solar em dezembro de 2018.
Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(Absolar) e representam 22% da geração distribuída do Brasil.
. .
Em segundo lugar vem o Rio Grande do Sul, com 70 MW, seguido pelo Estado
de São Paulo, que já gerou 56 MW. O norte do país vem crescendo junto nesta aquisição de fonte renováveis deixando cada vez mais interessante a vontade de obter tais sistemas para obtenção dos resultados e benefícios energéticos e financeiros. Lembrando que o sistema ON GRID reduz a conta de energia pelo sistema de compensação com a distribuidora.
“O principal motivo dessa liderança é que
Minas Gerais tem a legislação estadual
com os melhores incentivos tributários para a geração distribuída do país”,
afirma o presidente da Absolar, Rodrigo Lopes Sauaia.
Ele se refere à isenção do ICMS para usinas de todas as modalidades de
geração solar até 5 MW, incluindo cooperativas, consórcios e condomínios, e a
isenção do ICMS na fabricação de equipamentos e componentes.
“Além de incentivar o mercado, as isenções fazem os custos dos projetos
de micro e minigeração caírem no Estado. Isso atrai investimento, empresas e
empregos”, avalia Sauaia.
Já foram investidos mais de R$ 650 milhões em Minas Gerais no
desenvolvimento de projetos de geração distribuída, entre 2012 e 2018.
No país, esse investimento foi de R$ 2,5 bilhões. Na geração de grandes
usinas, Minas Gerais também tem uma situação de destaque, ocupando o terceiro
lugar com 683 MW de geração fotovoltaica, atrás do Piauí, com 690 MW de
geração, e da Bahia, com 794 MW. “Minas Gerais vai receber, até 2022, mais de
R$ 3 bilhões de investimentos em grandes usinas solares”, afirma Sauaia.
A Órigo, por exemplo, tem quatro fazendas solares em Minas Gerais, com
mais de mil clientes distribuídos pelo Estado.
“Minas Gerais alcançou essa liderança na geração distribuída, além da
boa insolação, em função da tarifa de energia elétrica, que é alta, e faz a
energia solar ficar competitiva, e pelo pioneirismo do Estado em definir um
arcabouço fiscal que permite quem gera a própria energia ter os créditos de
ICMS”, diz o diretor geral da Órigo, Rodolfo Molinaris.
Crescimento
A energia solar representa hoje menos de 1% da matriz energética
brasileira. “As distribuidoras tratarem a energia solar como uma ameaça está fora
da realidade”, afirma Sauaia, que defende a manutenção das atuais regras
tarifárias, que não beneficiam quem gera energia fotovoltaica.
“Alterar a regra agora não é interessante, porque a participação da
energia solar ainda é pequena. O papel do setor agora é gerar investimento na
geração distribuída e trazer benefícios líquidos, como postergar uso de
térmicas, diminuir emissões de carbono e trazer previsibilidade para o
mercado”, afirma.
A previsão “conservadora”, segundo Sauaia, da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE) é que, até 2026, a energia solar seja responsável por 6% da
matriz energética do país. Uma pesquisa da Bloomberg aponta que, até 2040, esse
índice chegará a 32% no Brasil.
Armazenamento gera economia
A união entre sistemas inteligentes e grandes baterias de íon de lítio,
como a de celulares, para armazenamento de energia elétrica pode gerar uma
economia de cerca de 15% para empresas que são grandes consumidoras de
eletricidade.
O grupo Comerc está trazendo a novidade para o Brasil por meio da junção
com a Micropower Energy, fundada pelo ex-vice-presidente da Tesla Energy Marco
Krapels.
O executivo norte-americano informou que a parceria com a empresa
brasileira já gerou frutos e que três clientes brasileiros da Comerc receberão
baterias importadas para a gestão do consumo de energia até o fim do primeiro
trimestre de 2019. “Já saímos da fase de planejamento e temos contratos
assinados”, comemora Krapels.
A empresa não informa o nome dos clientes, mas, segundo o presidente do
grupo Comerc, Cristopher Vlavianos, dois estão na cidade de São Paulo, e um, no
Nordeste.
Os três clientes estão no mercado cativo, ou seja, não compram energia
no mercado livre.
O investimento da Comerc em 2019 será de R$ 65 milhões, e 75% desse valor irá
para projetos de eficiência energética e armazenamento por meio de baterias.
Segundo Krapels, a redução dos preços das baterias no mercado mundial
tem permitido o investimento no armazenamento de energia.
“Em cinco anos, (o preço das baterias) caiu 50% e, nos próximos três
anos, vai cair outros 50%”, avalia o executivo. Vlavianos ressalta que as
baterias precisam “de um software que faça a gestão das tarifas” para que a
economia aconteça.
Segundo o presidente do grupo, o uso da tecnologia já
é possível no mercado brasileiro sem mudanças regulatórias.
O diretor de eficiência energética e energia solar da Comerc Energia,
Marcel Haratz, afirma que o armazenamento de energia por bateria, aliado às
fontes renováveis, como a solar, é uma tecnologia “desruptiva” para o setor
elétrico. “Será possível armazenar energia e compartilhá-la com o vizinho”,
afirma Haratz.
Fonte: AE e Volnei Reis
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