FIM DAS LÂMPADAS INCANDESCENTES E UMA NOVA ERA DE LÂMPADAS


Desde o dia 1º de julho, o varejo não poderá comercializar lâmpadas incandescentes com potências superiores a 60 W que não atendam aos níveis mínimos de eficiência energética, definidos pelo Plano de Metas estabelecido na Portaria interministerial nº 1007/2010. A partir de julho, também encerra-se a possibilidade de importação ou fabricação no Brasil de lâmpadas incandescentes de potências superiores a 40 W com eficiência inferior a 15,5 lm/W em 127 V e 13,0 lm/W em 220 V.


A regulamentação visa induzir que as lâmpadas incandescentes de uso comum atinjam níveis mínimos de eficiência mais rigorosos que os atuais, ou consequentemente, sejam substituídos por equipamentos com eficiências luminosas superiores, como lâmpadas halógenas, fluorescentes compactas e Leds.
Este processo resultará no banimento das lâmpadas incandescentes comuns, uma vez que a tecnologia não deve apresentar uma evolução de eficiência capaz de fazê-la permanecer no mercado. O processo de fabricação / importação de lâmpadas incandescentes deve findar-se por completo em junho de 2016, sendo permitida a comercialização destas lâmpadas por atacadistas e varejistas até 30 de junho de 2017.
Esta medida do governo foi elaborada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE) e coordenada pelos ministérios de Minas e Energia; Ciência, Tecnologia e Inovação, e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Inmetro, responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e também pelo controle de importações de produtos etiquetados, como as lâmpadas fluorescentes compactas e incandescentes.

Desde janeiro de 2007 e fevereiro de 2009, as lâmpadas fluorescentes compactas e incandescentes, respectivamente, não podem ser importadas ou fabricadas no Brasil sem atender a requisitos estabelecidos nas Portarias do Inmetro, em consonância com o que determina o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), e devem ostentar na embalagem a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), indicando a sua eficiência energética, fluxo luminoso e vida útil.

O que o mercado de iluminação aguarda ansiosamente, porém, é a regulamentação das lâmpadas de Led que penetram cada vez mais no mercado mundial. Com o banimento das lâmpadas incandescentes, a lâmpada Led para retrofit será uma das opções mais vantajosas em função de seu menor consumo de energia, maior vida útil e diversas outras vantagens. O grande problema, entretanto, é a penetração de muitos produtos de qualidade discutível no mercado.
Um estudo recente, realizado pelo Cepel/Eletrobras, demonstrou que nenhuma lâmpada Led coletada em 2011 para pesquisa passaria nos requisitos que o Inmetro deverá lançar em breve para regulamentação desses produtos. As maiores causas de reprovação foram a eficiência luminosa, a depreciação do fluxo luminoso e o índice de reprodução de cores.
Com base na Energy Star, programa de etiquetagem voluntário nos Estados Unidos, o programa brasileiro deve iniciar em breve, de forma única e diferenciada. Nos Estados Unidos, existem atualmente 4.400 lâmpadas com Selo Energy Star, porém, bem mais de 15.000 modelos de lâmpadas Led disponíveis para compra no mercado. Isso mostra que mesmo nos Estados Unidos a existência de produtos de qualidade não avaliada é muito grande.
Segundo o coordenador técnico da divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro, o engenheiro Alexandre Paes Leme, a regulamentação está prevista para ser publicada em outubro deste ano, após serem publicados os Requisitos Técnicos da Qualidade (RTQ) e o Regulamento da Avaliação da Conformidade (RAC), primeiro voluntária, mas posteriormente de forma compulsória.
Tal publicação deverá movimentar o mercado de iluminação como um todo, uma vez que exigirá um desempenho mínimo para as lâmpadas de Led comprovadamente por meio da certificação do produto. Com isso, futuramente, as lâmpadas Led para serem comercializadas no Brasil deverão ser testadas, certificadas e registradas no Inmetro, garantindo ao consumidor especificações mínimas de desempenho e segurança. Com isso, efetivamente teremos meios para seleção de produtos mais confiáveis e a garantia de uma maior eficiência energética para edificação.
Por Juliana Iwashita 

 Volnei Reis Projetos Elétricos 


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REDES SUBTERRÂNEAS EM CONDOMÍNIOS PARTICULARES




Tendência irreversível no mercado da construção civil, as redes subterrâneas a cada dia ganham mais terreno em obras em que a segurança, a beleza, a praticidade e os baixos custos de manutenção são características indispensáveis para a realização de projetos modernos.

Diante do exposto, as distribuidoras do grupo CPFL Energia procuraram estabelecer procedimentos condizentes com tal realidade, incorporando materiais e conceitos que garantam um sistema altamente confiável, sendo adotados equipamentos como transformadores tipos pedestais (padmounted), emendas desconectáveis e barramentos múltiplos isolados.

 Os documentos disponibilizados pela concessionária têm como objetivo estabelecer procedimentos técnicos e critérios básicos para a elaboração de projetos de redes subterrâneas de distribuição em condomínios fechados, de forma a assegurar as necessárias condições técnicas das instalações, adequada qualidade no fornecimento de energia e níveis de segurança compatíveis com as necessidades operacionais.

 Estes procedimentos e critérios aplicam-se a projetos de redes primárias e secundárias nas tensões padronizadas na CPFL Energia. Como regra, o padrão nas oito distribuidoras do grupo para construção de condomínios particulares de redes de distribuição é aéreo. Somente para condomínios e loteamentos fechados, a critério da concessionária, poderá ser aprovado um padrão alternativo de rede subterrânea.

Este artigo aborda aspectos de projetos elétricos e civil, bem como planejamento e aspectos de operação de redes de distribuição subterrâneas construídas em loteamentos e em condomínios particulares.

Procurou-se utilizar equipamentos e materiais mais comuns ao mercado e de uso comprovadamente satisfatório do ponto de vista de praticidade de operação e manutenção, bem como confiabilidade da rede, possibilidade de expansão e aumento de cargas.

Desenvolvimento A política proposta para atendimento a novos loteamentos e condomínios nas distribuidoras do grupo CPFL Energia é de obras executadas somente por terceiros (empreendimentos particulares).

A energização das redes particulares requer a sua incorporação às redes das distribuidoras por contratos de incorporação da rede elétrica subterrânea e obras civis e termos de autorização de passagem, permitindo o uso do solo para a construção e manutenção da rede.

A medição é executada por meio de equipamentos convencionais, sendo instalados pela concessionária e o padrão a ser utilizado é o mesmo do cliente atendido por rede aérea, com a devida alteração para ramal subterrâneo.

A rede de iluminação da parte comum (normalmente ornamental) é construída e mantida pelo interessado, sendo que para isso deve ser instalada medição exclusiva ou deve ser interligada à medição da administração geral (condomínio).



A rede de distribuição primária é projetada com circuitos radiais com recurso, sendo que no caso de pequenos circuitos, o recurso é dispensado. A instalação dos cabos é feita por dutos em vias de circulação de veículos ou calçadas.

A derivação é feita por meio de acessórios desconectáveis, devendo ser instalados dispositivos indicadores de defeito. Os acessórios desconectáveis, os indicadores de defeitos e outros equipamentos necessários à rede (chaves de manobra, etc.) são instalados em caixas de inspeção, dimensionados conforme o equipamento a ser instalado e/ou sua finalidade.

Acessórios desconectáveis possuem uma concepção de projeto baseada no sistema plugue-tomada, mas, no caso de tensões primárias, permite fácil conexão e desconexão de um cabo de potência, de um equipamento, de um ponto de derivação ou de uma emenda.

Em função de sua construção, podem ser instalados em ambientes sujeitos a inundações, sendo recomendados para redes subterrâneas.

Indicadores de defeitos têm função similar aos aplicados em redes aéreas. São dispositivos que, instalados em circuitos de média tensão, identificam o desequilíbrio de correntes originados por curto-circuito ou desbalanceamento entre fases acima da corrente limite estipulada, sinalizando a ocorrência de falhas.

 Tais dispositivos são de suma importância para a localização de defeitos, pois a rede subterrânea não está visível para a localização de um cabo rompido ou danificado.

Os cabos padronizados para a rede primária são multiplexados, de cobre ou de alumínio, com seção de 35 mm2 e 70 mm2. Para classe 15 kV para classe 25 kV, com isolação EPR ou XLPE e cobertura de PVC. Há um condutor de proteção de cobre nu de seção de 35 mm2 para cada banco de dutos com circuitos primários, sendo que o mesmo deve ser instalado em duto independente.

Os transformadores padronizados são do tipo pedestal (padmounted), nas capacidades de 75 kVA, 150 kVA, 225 kVA, 300 kVA e 500 kVA, nas classes de tensão 15 kV e 25 kV, instalados sobre base de concreto.

Em loteamentos e condomínios, a questão de espaços é muito mais favorável, sendo que a instalação de equipamentos em base de concreto (pedestal) facilita a sua manutenção, substituição e operação.
Seguindo a mesma filosofia de equipamentos em bases de concreto, a distribuição dos circuitos secundários é feita através de quadros de distribuição em pedestal (QDPs), sendo os circuitos manobrados e protegidos por chaves de abertura trifásicas e fusíveis tipo NH.

Os cabos padronizados para a rede secundária são unipolares, de cobre, com seções de 70 mm² e 120 mm² e de alumínio, com seções de 95 mm2 e 185 mm², para classe de isolação 06/1 kV; com isolação EPR ou XLPE com cobertura de PVC.

Os cabos padronizados para o ramal de entrada das unidades consumidoras é de cobre com seções de 16 mm² e 35 mm2, podendo ser característica de isolação similar à aplicada aos cabos de rede ou de PVC de isolação classe 0,6/1 kV.

Para ambos os casos (cabos de rede e de ramal de entrega), o neutro deve ter seção igual à aplicada nos cabos das fases e a cobertura em PVC na cor azul claro.
Os circuitos secundários são radiais podendo haver recursos/interligações quando viáveis e lançados em dutos instalados em calçadas e, eventualmente, sob ruas e avenidas.

A derivação para os consumidores é feita por meio de barramentos múltiplos isolados, instalados em caixas de passagem com tampões de ferro. A conexão do ramal de entrada do cliente ao barramento é definida como o ponto de entrega, ponto que a concessionária é responsável pela manutenção.

O traçado da rede secundária deve preferencialmente possuir comprimentos inferiores a 250 metros. É solicitada a interligação de caixas adjacentes de diferentes circuitos secundários, quando as distâncias entre elas não forem superiores a 40 metros, devendo estar instalado cabeamento bloqueado com capuz em uma das extremidades.

São utilizados dutos corrugados de PEAD diretamente enterrados, configurando os bancos de dutos. Os dutos destinados a circuitos primários devem ser instalados a 80 cm de profundidade quando em vias de circulação de veículos e a 60 cm quando em calçadas.




 Os dutos destinados a circuitos secundários devem ser instalados a 60 cm de profundidade e somente em calçadas (exceção em travessias). Dutos facilitam a substituição ou lançamento de novos cabos em trecho com bancos de dutos já existentes, sem a necessidade de escavações.

Além da instalação dos bancos de dutos, temos as obras civis das caixas de inspeção, de passagem, bem como as bases de transformador e quadros de distribuição e proteção (QDPs).

Caixas de passagem e de inspeção facilitam o puxamento de cabos, tanto primários quanto secundários, assim como a instalação de acessórios desconectáveis, indicadores de defeitos e equipamentos.

 Volnei Reis Projetos elétricos 


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