Tendência irreversível no mercado da construção civil, as redes subterrâneas a cada dia ganham mais terreno em obras em que a segurança, a beleza, a praticidade e os baixos custos de manutenção são características indispensáveis para a realização de projetos modernos.
Diante do exposto, as distribuidoras do grupo CPFL Energia procuraram estabelecer procedimentos condizentes com tal realidade, incorporando materiais e conceitos que garantam um sistema altamente confiável, sendo adotados equipamentos como transformadores tipos pedestais (padmounted), emendas desconectáveis e barramentos múltiplos isolados.
Os documentos disponibilizados
pela concessionária têm como objetivo estabelecer procedimentos técnicos e
critérios básicos para a elaboração de projetos de redes subterrâneas de
distribuição em condomínios fechados, de forma a assegurar as necessárias
condições técnicas das instalações, adequada qualidade no fornecimento de
energia e níveis de segurança compatíveis com as necessidades operacionais.
Estes procedimentos e
critérios aplicam-se a projetos de redes primárias e secundárias nas tensões padronizadas
na CPFL Energia. Como regra, o padrão nas oito distribuidoras do grupo para
construção de condomínios particulares de redes de distribuição é aéreo.
Somente para condomínios e loteamentos fechados, a critério da concessionária,
poderá ser aprovado um padrão alternativo de rede subterrânea.
Este artigo aborda aspectos de projetos elétricos e civil,
bem como planejamento e aspectos de operação de redes de distribuição
subterrâneas construídas em loteamentos e em condomínios particulares.
Procurou-se utilizar equipamentos e materiais mais comuns ao mercado e de uso comprovadamente satisfatório do ponto de vista de praticidade de operação e manutenção, bem como confiabilidade da rede, possibilidade de expansão e aumento de cargas.
Desenvolvimento A política proposta para atendimento a novos loteamentos e condomínios nas distribuidoras do grupo CPFL Energia é de obras executadas somente por terceiros (empreendimentos particulares).
Procurou-se utilizar equipamentos e materiais mais comuns ao mercado e de uso comprovadamente satisfatório do ponto de vista de praticidade de operação e manutenção, bem como confiabilidade da rede, possibilidade de expansão e aumento de cargas.
Desenvolvimento A política proposta para atendimento a novos loteamentos e condomínios nas distribuidoras do grupo CPFL Energia é de obras executadas somente por terceiros (empreendimentos particulares).
A energização das redes particulares requer a sua incorporação
às redes das distribuidoras por contratos de incorporação da rede elétrica
subterrânea e obras civis e termos de autorização de passagem, permitindo o uso
do solo para a construção e manutenção da rede.
A medição é executada por meio de equipamentos convencionais,
sendo instalados pela concessionária e o padrão a ser utilizado é o mesmo do
cliente atendido por rede aérea, com a devida alteração para ramal subterrâneo.
A rede de iluminação da parte comum (normalmente ornamental)
é construída e mantida pelo interessado, sendo que para isso deve ser instalada
medição exclusiva ou deve ser interligada à medição da administração geral
(condomínio).
A rede de distribuição primária é projetada com circuitos radiais
com recurso, sendo que no caso de pequenos circuitos, o recurso é dispensado. A
instalação dos cabos é feita por dutos em vias de circulação de veículos ou
calçadas.
A derivação é feita por meio de acessórios desconectáveis,
devendo ser instalados dispositivos indicadores de defeito. Os acessórios
desconectáveis, os indicadores de defeitos e outros equipamentos necessários à
rede (chaves de manobra, etc.) são instalados em caixas de inspeção,
dimensionados conforme o equipamento a ser instalado e/ou sua finalidade.
Acessórios desconectáveis possuem uma concepção de projeto baseada
no sistema plugue-tomada, mas, no caso de tensões primárias, permite fácil
conexão e desconexão de um cabo de potência, de um equipamento, de um ponto de
derivação ou de uma emenda.
Em função de sua construção, podem ser instalados em ambientes sujeitos a inundações, sendo recomendados para redes subterrâneas.
Em função de sua construção, podem ser instalados em ambientes sujeitos a inundações, sendo recomendados para redes subterrâneas.
Indicadores de defeitos têm função similar aos aplicados em redes
aéreas. São dispositivos que, instalados em circuitos de média tensão,
identificam o desequilíbrio de correntes originados por curto-circuito ou
desbalanceamento entre fases acima da corrente limite estipulada, sinalizando a
ocorrência de falhas.
Tais dispositivos são de suma importância para a localização de defeitos, pois a rede subterrânea não está visível para a localização de um cabo rompido ou danificado.
Tais dispositivos são de suma importância para a localização de defeitos, pois a rede subterrânea não está visível para a localização de um cabo rompido ou danificado.
Os cabos padronizados para a rede primária são
multiplexados, de cobre ou de alumínio, com seção de 35 mm2 e 70 mm2. Para classe
15 kV para classe 25 kV, com isolação EPR ou XLPE e cobertura de PVC. Há um
condutor de proteção de cobre nu de seção de 35 mm2 para cada banco de dutos
com circuitos primários, sendo que o mesmo deve ser instalado em duto
independente.
Os transformadores padronizados são do tipo pedestal (padmounted),
nas capacidades de 75 kVA, 150 kVA, 225 kVA, 300 kVA e 500 kVA, nas classes de
tensão 15 kV e 25 kV, instalados sobre base de concreto.
Em loteamentos e condomínios, a questão de espaços é muito mais favorável, sendo que a instalação de equipamentos em base de concreto (pedestal) facilita a sua manutenção, substituição e operação.
Em loteamentos e condomínios, a questão de espaços é muito mais favorável, sendo que a instalação de equipamentos em base de concreto (pedestal) facilita a sua manutenção, substituição e operação.
Seguindo a mesma filosofia de equipamentos em bases de
concreto, a distribuição dos circuitos secundários é feita através de quadros de
distribuição em pedestal (QDPs), sendo os circuitos manobrados e protegidos por
chaves de abertura trifásicas e fusíveis tipo NH.
Os cabos padronizados para a rede secundária são unipolares,
de cobre, com seções de 70 mm² e 120 mm² e de alumínio, com seções de 95 mm2 e
185 mm², para classe de isolação 06/1 kV; com isolação EPR ou XLPE com
cobertura de PVC.
Os cabos padronizados para o ramal de entrada das unidades consumidoras
é de cobre com seções de 16 mm² e 35 mm2, podendo ser característica de isolação
similar à aplicada aos cabos de rede ou de PVC de isolação classe 0,6/1 kV.
Para ambos os casos (cabos de rede e de ramal de entrega), o
neutro deve ter seção igual à aplicada nos cabos das fases e a cobertura em PVC
na cor azul claro.
Os circuitos secundários são radiais podendo haver recursos/interligações
quando viáveis e lançados em dutos instalados em calçadas e, eventualmente, sob
ruas e avenidas.
A derivação para os consumidores é feita por meio de barramentos
múltiplos isolados, instalados em caixas de passagem com tampões de ferro. A
conexão do ramal de entrada do cliente ao barramento é definida como o ponto de
entrega, ponto que a concessionária é responsável pela manutenção.
O traçado da rede secundária deve preferencialmente possuir comprimentos
inferiores a 250 metros. É solicitada a interligação de caixas adjacentes de
diferentes circuitos secundários, quando as distâncias entre elas não forem superiores
a 40 metros, devendo estar instalado cabeamento bloqueado com capuz em uma das
extremidades.
São utilizados dutos corrugados de PEAD diretamente enterrados,
configurando os bancos de dutos. Os dutos destinados a circuitos primários
devem ser instalados a 80 cm de profundidade quando em vias de circulação de
veículos e a 60 cm quando em calçadas.
Os dutos destinados a circuitos secundários devem ser instalados a 60 cm de profundidade e somente em calçadas (exceção em travessias). Dutos facilitam a substituição ou lançamento de novos cabos em trecho com bancos de dutos já existentes, sem a necessidade de escavações.
Os dutos destinados a circuitos secundários devem ser instalados a 60 cm de profundidade e somente em calçadas (exceção em travessias). Dutos facilitam a substituição ou lançamento de novos cabos em trecho com bancos de dutos já existentes, sem a necessidade de escavações.
Além da instalação dos bancos de dutos, temos as obras civis
das caixas de inspeção, de passagem, bem como as bases de transformador e
quadros de distribuição e proteção (QDPs).
Caixas de passagem e de inspeção facilitam o puxamento de
cabos, tanto primários quanto secundários, assim como a instalação de
acessórios desconectáveis, indicadores de defeitos e equipamentos.
Volnei Reis Projetos elétricos
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