BRASIL PREPARA ADOÇÃO DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES E RENOVÁVEIS






Desperdício de energia 
Quinze de cada 100 quilowatts da energia elétrica produzida no Brasil se perdem entre a geração e o consumo.
De acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a proporção é mais do que o dobro da registrada em outros países, que chega aos até 7%.
A perda de energia levou o CGEE a fazer um amplo estudo sobre o uso de redes inteligentes (ou smart grids, como são mais conhecidas em inglês) para gerenciamento da geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica.
A tecnologia pode informar em tempo real, por exemplo, a ocorrência de pane e a eventual suspensão do fornecimento.
"Quando cai a energia, qualquer que seja o motivo, você liga para a concessionária. Pelo smart grid, isso passa a ser automático, não precisa ligar", explica Ceres Cavalcanti, pesquisadora do CGEE.

Vantagens das redes inteligentes de energia
Além das concessionárias, o uso de redes inteligentes permite que os usuários façam o controle do consumo diretamente.
No futuro, quando houver tarifa diferenciada conforme o horário, os medidores domésticos informarão quanto está sendo gasto a cada momento e o valor das tarifas cobradas.
De um lado, afirma-se que isto dará a possibilidade de o consumidor utilizar os eletrodomésticos em horário de tarifas mais baratas. De outro, porém, alguns especialistas afirmam que este é um benefício que só vale para o setor industrial, mas não para os consumidores domésticos, que não têm como controlar seus aparelhos ou mudar seus horários de uso.
Uma possibilidade menos controversa é tornar o consumidor credor do sistema.
Por exemplo, quem captar energia solar em casa, por exemplo, poderá ter desconto nas tarifas, pois a rede inteligente identifica a geração doméstica de energia.
"Hoje, a informação do sistema elétrico é direcional. Com o smart grid, passa a ser bidirecional. O consumidor passivo passa a ser ativo e vai ter vários tipos de serviços," diz Ceres.
Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes
Um item com presença obrigatório na pauta de discussões sobre o fornecimento de eletricidade no futuro são os carros elétricos. [Imagem: Green Car Initiative]
Eletrodomésticos e carros elétricos
Para a pesquisadora do CGEE, a adoção das redes inteligentes vai gerar negócios para a indústria de componentes do sistema elétrico e também para a área de tecnologia da informação e comunicação.
"Vai gerar um mercado muito bom para a indústria. E isso tem vários desdobramentos no sentido de desenvolvimento de ciência e tecnologia. Tem uma série de linhas de pesquisa que podem vir a partir daí," destaca.
Uma das possibilidades ficou demonstrada recentemente por uma pesquisa realizada na Unicamp, que demonstrou que as geladeiras domésticas, um dos principais itens de consumo doméstico, poderiam ser gerenciadas, isto é, ligadas e desligadas em determinados horários, sem prejuízos de sua função principal.


Outro item com presença obrigatório na pauta de discussões sobre o fornecimento de eletricidade no futuro são os veículos elétricos.
Uma pesquisa na Alemanha mostrou que os carros elétricos, em vez de simplesmente representarem mais uma categoria de consumidor, podem na verdade viabilizar a adoção de fontes de energia limpa.
Outro estudo, este realizado nos Estados Unidos, mostrou que os carros elétricos usados em meio urbano, a exemplo do que já acontece com seus antecessores a gasolina, ficarão a maior parte do tempo estacionados.
Isso significa, segundo o Dr. Willett Kempton, que os carros elétricos poderão fornecer eletricidade para a rede de distribuição.
As possibilidades são tantas que muitos especialistas na área não hesitam em falar de uma "Internet da energia", capaz de descentralizar a geração e a transmissão de eletricidade.
Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes
A busca por fontes de energia limpa está levando os pesquisadores a sonharem com umaSociedade do Lítio. [Imagem: ChemSusChem]
O outro lado da moeda
Os especialistas brasileiros já visitaram a Alemanha e a Inglaterra, onde estabeleceram parcerias com as entidades distribuidoras de energia desses países, já bastante adiantados em direção às redes inteligentes de distribuição de energia.
Talvez por isso, é justamente de lá que veem as primeiras preocupações com a adoção de novas tecnologias na área.
Embora os "gatos" apareçam sempre taxados como ações criminosas, o professor Steve Thomas, da Universidade de Greenwich, aponta que as novas tecnologias na área na verdade representam uma "ameaça à saúde e ao bem-estar das pessoas que vivem em áreas residenciais mais pobres e mais vulneráveis".
Ele aponta sobretudo para o "outro lado da moeda" dos medidores inteligentes, que estão sempre conectados com a concessionária.
O problema, segundo o pesquisador, é que a troca de dados é de mão dupla, o que permite, por exemplo, que a concessionária altere o preço da energia conforme a a demanda, o que pode nada ter a ver com o consumo diário de uma casa.
Segundo ele, os aventados benefícios dos medidores inteligentes - leituras mais precisas, estimativa dos gastos em energia do mês e monitoramento do próprio consumo - poderiam ser alcançados por meio mais simples e mais baratos.
Para ele, enquanto na indústria o conceito é bem-vindo, já que as empresas podem mudar o turno de operações se a energia encarecer em determinados horários, para as residências isso significará uma "destruição de consumo".
Isso, segundo Thomas, porque as famílias não podem mudar o horário do banho ou o aquecimento para o meio do dia, simplesmente para terem descontos, e, ao contrário da indústria, não possuem um funcionário monitorando continuamente o preço da energia para poderem tirar vantagens disso.
Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes
O setor de energia limpa já deixou de se restringir a aplicações em nichos específicos, para se transformar em uma indústria mundial na primeira década do século XXI. [Imagem: Chandra Marsono]
Redes inteligentes no Brasil
O trabalho que está sendo produzido pelo CGEE, será a primeira etapa da proposta do grupo de especialistas e compõe uma das metas da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O Brasil já conta com alguns estudos relativos ao tema Smart Grid em andamento. Entre eles, o da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em conjunto com a Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Apel), ambos coordenados pela Aneel.
Esta iniciativa propõe um plano nacional para a migração tecnológica do setor elétrico brasileiro, da atual posição, para a adoção plena do conceito de Rede Inteligente.
O estudo, que conta com a participação de mais de 63 concessionárias brasileiras, deve ser concluído no final do ano.
Algumas concessionárias públicas de energia, como a Cemig, a Light e a Eletrobras, também fazem pesquisas e projetos na área.
O projeto Smart City (Armação de Búzios - RJ) é uma iniciativa nacional das empresas Emdesa/Ampla, parecida com o projeto desenvolvido em Magália, região da Espanha.
A versão fluminense receberá R$ 30 milhões nos próximos dois anos para instalar iluminação pública abastecida por painéis solares e miniaerogeradores, medidores inteligentes e carros elétricos.
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Energia) investirá R$ 215 milhões em três anos para implantar tecnologias que incluem sistemas de telemedição (que atingirão 25 mil clientes até 2013), maior mobilidade ao enviar informações para eletricistas por meio de palmtops e instalação de chaves e equipamentos que flexibilizem e agilizem os centros de operação do sistema, caso haja problemas nas redes (já são mais de 2.000 chaves instaladas e, até 2013, serão pelo menos 5.000 pontos telecomandados).
"A oportunidade no mercado de trabalho é imensa e as empresas de energia estão de olho nela. A demanda é grande e tende a aumentar.

VOLNEI REIS PROJETOS ELÉTRICOS



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ILUMINAÇÃO


A eletrificação rural fixa o homem no campo, incentiva a produção, além de trazer conforto, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida. Financiado pelo Ministério de Minas e Energia, o Luz no Campo foi o maior programa de eletrificação rural já realizado na América Latina, e um dos maiores do mundo. Em sua primeira fase, o programa irá levar energia elétrica a 1,4 milhão de famílias (90% delas em áreas rurais) até o ano de 2006. Ja estamos e 2012 ja se passaram 6 anos e ainda existem muitas localidades rurais com essa velinha da foto queremos mais investimento de iluminação nas localidades rurais e redes trifásicas também não só transformadores monofásicos a agricultura tem crescer e a energia elétrica tem grande importância nas localidades rurais para influenciar nesse desenvolvimento de culturas naturais e produtivas de alimento em geral. 

Iluminação e acústica são fatores que influenciam diretamente o conforto, a produtividade e até mesmo a saúde dos profissionais no ambiente de trabalho. Uma iluminação inadequada, além de atrapalhar o rendimento das pessoas, também pode deixar uma imagem negativa da sua marca ou empresa junto ao público. Já uma boa iluminação externa, por exemplo, valoriza a imagem da empresa, funcionando como uma forma eficiente de divulgar a marca.

Os projetos de iluminação dos ambientes de trabalho raramente se preocupam com o tipo de tarefa que será realizada no local mesmo existindo a exigência legal da NBR-5413 (Norma de Iluminação) NR-9 (Norma de Prevenção de Riscos Ambientais).
A Tabela abaixo apresenta alguns níveis de iluminância necessários a alguns ambientes e tarefas.
NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA PARA INTERIORES (NBR-5413)
AMBIENTE OU TRABALHO
LUX
Sala de espera
100
Garagem, residência, restaurante
150
Depósito, indústria (comum)
200
Sala de aula
300
Lojas, laboratórios, escritórios
500
Sala de desenho (alta precisão)
1.000
Serviços de muito alta precisão
2.000


O aparelho usado para medir a iluminância é o luxímetro como o instrumento digital portátil, com tela de cristal líquido (LCD) da figura ao lado, que realiza medidas da iluminação ambiente em LUX na faixa de 1 LUX a 50.000 LUX.

Dicas de Iluminação do Local de Trabalho
1.     Excesso de luz é um problema comum nas empresas e nos escritórios. Muita luz, no entanto, não significa luz adequada. Pelo contrário, pode atrapalhar e gerar uma sensação de desconforto.
2.     O limite mínimo também deve ser observado. A iluminação da área de trabalho deve apresentar, no mínimo, 500 luxes, o que é fiscalizado pelo Ministério do Trabalho.
3.     Além da iluminação geral, algumas atividades exigem uma iluminação mais pontual na mesa de trabalho (desklight).
4.     O excesso da luz solar deve ser controlado com cortinas e persianas. Há uma tendência em se aproveitar a luz natural, sempre complementando-a com a iluminação artificial.
5.     Ao longo do dia, as pessoas têm necessidades diferentes - normalmente decrescentes - de iluminação. Identificar essa variação pode ajudar no rendimento do trabalho.
6.     Iluminação com cores diferentes torna o ambiente de trabalho menos monótono, causando uma sensação de bem-estar.
7.     Também é possível utilizar recursos de iluminação em paredes, para torná-las mais aconchegantes.
8.     O computador nunca deve receber a luz natural da janela diretamente na tela. O ofuscamento prejudica a concentração e a saúde.
9.     Pesquisa feita nos Estados Unidos demonstrou que aqueles que ficavam perto de janelas tinham 23% menos queixa de dor nas costas, dor de cabeça e exaustão.
10. Remova lâmpadas onde há mais luz do que o necessário, mas certifique-se de manter uma iluminação boa em locais de trabalho para não prejudicar seu desempenho ou evitar acidentes (áreas com máquinas).
11. Realizando a limpeza de paredes, tetos e pisos e utilizar cores claras no ambiente de trabalho e estudo, melhoram a iluminação do local e você se sentirá mais confortável e disposto no seu local de trabalho.
Iluminação Pública

iluminação pública nas cidades é uma atribuição das Prefeituras Municipais; entretanto, é bom que o fazendeiro tenha uma noção dos tipos de lâmpadas mais indicadas, pois a geração de energia, através das microcentrais hidrelétricas está ao seu alcance, desde que em sua propriedade passe um córrego com descarga ou desnível adequados à sua geração.


A Tabela abaixo foi transcrita do site da CEFET-SP e mostra os tipos de lâmpadas mais usadas no Brasil para uso na iluminação pública. A iluminância (representada por E e nas unidades de lúmens por watt), mostra claramente que a lâmpada à vapor de sódio, p.ex., apresenta uma eficiência cerca de dez (10) vezes superior à lâmpada incandescente.
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
TIPO DE LÂMPADA
E(lm/w)
Incandescente
10 - 15
Halógenas
15 - 25
Mista
20 - 35
Vapor de mercúrio
45 - 55
Fluorescente tubular
55 - 75
Fluorescente compacta
50 - 80
Vapor metálico
65 - 90
Vapor de sódio

A VR PROJETOS ELÉTRICOS faz projetos de iluminação adequando aos ambientes a LUZ que realmente será necessária para suprir as condições a que forem submetidas seja qual for a área a ser iluminada e o ambiente de trabalho ou particular. Também a VOLNEI REIS PROJETOS ELÉTRICOS faz projetos de redes de iluminação publica em geral.

FELIZ 2012 - VOLNEI REIS PROJETOS ELÉTRICOS

A VOLNEI REIS PROJETOS ELÉTRICOS DESEJA A TODOS UM FELIZ 2012 COM MUITA ALEGRIA, SAÚDE, HARMONIA, SUCESSOS FINANCEIROS E MUITA PAZ.

ENERGIA REATIVA E ENERGIA INDUTIVA


Consumo

Consumo refere-se à energia consumida num intervalo de tempo, ou seja, o produto da potência (kW) da carga pelo número de horas (h) em que a mesma esteve ligada.
Analisando graficamente o exemplo das lâmpadas coloridas de 100 W no período de três horas temos:

Intervalo
Potência
(W)
Tempo de uso (h)
Consumo
(Wh)
Demanda
(W)
a
100
1
100
100
b
200
1
200
200
c
300
1
300
300
Consumo total
600
Demanda máxima
300

Curvas de Demanda de Carga

Quanto você vai fazer uma nova instalação elétrica, uma reforma na capacidade do sistema, ou mesmo uma mudança nos valores contratados, é comum recebermos a solicitação do informe da curva de carga do sistema. Apesar de a determinação correta dos pontos da curva de carga de uma planta industrial somente ser possível durante o seu funcionamento em regime normal, deve-se idealizar a conformação da curva de demanda de carga em relação ao tempo, a fim de determinar uma série de fatores que poderão influenciar no dimensionamento dos vários equipamentos elétricos da instalação.





As curvas de carga das plantas industriais podem variar em função do ciclo de operação previsto para os diferentes setores de produção, ou de acordo com o período de funcionamento diário estipulado. No primeiro caso, é de interesse da gerência administrativa manter controlado o valor de demanda de pico a fim de diminuir o custo operacional da empresa. Isso pode ser conseguido por meio de um estudo global das atividades de produção, deslocando-se a operação de certas máquinas para horários diferentes, evitando a ligação simultânea de equipamentos com demandas altas, e assim diminuindo o valor da demanda de pico que será usada na conta.

A otimização do período de funcionamento diário estipulado permite também a otimização da curva de carga e dos custos com demandas elevadas com equipamentos e iluminação em horários críticos.

Demanda Registrada e Demanda Faturada

Demanda é a média das potências solicitadas num determinado intervalo de tempo.
Exemplo:
Em uma instalação existem três lâmpadas coloridas de iluminação de potência de 100 W cada. Às 18h, você liga a lâmpada vermelha e a deixa ligada. Às 19h você liga a lâmpada amarela e mantém a lâmpada vermelha acesa. A partir das 20h você mantém as três lâmpadas acesas. Cada uma destas lâmpadas representa uma carga (de uma potência especifica) que requer e consome energia do sistema de fornecimento elétrico.



Demanda registrada e Demanda faturável
A cada cinco minutos o medidor realiza a medida da demanda por meio do cálculo da integral das medições realizadas neste período. A cada 15 minutos é registrado a maior valor de integral entre os três intervalos de cinco minutos.

No exemplo, consideramos que o valor registrado anterior era 30 kW, e as medidas de tempo foram feitas em intervalos de um minuto. Ao final dos primeiros cinco minutos, o valor da integral é 42, devido ao impacto do pico de 90 registrado por um minuto. No final dos próximos cinco minutos, o resultado da integralização é 30, e nos próximos cinco minutos o valor da integral é 18. A cada 15 minutos é assumido o maior valor destas integrais - ou seja, 42.
A demanda faturável será o valor máximo de demanda dentre todos esses valores registrados nesses intervalos de 15 minutos durante o período existente entre as coletas de medição.
Ratificando, a demanda faturável ou o valor de demanda que será utilizado para o faturamento mensal de sua conta e aparecerá no corpo de sua conta será o valor máximo obtido nas demandas registradas neste período entre as medições.


Demanda Máxima Provável e Demanda contratada
As concessionárias em geral estabelecem limites de carga para o abastecimento dos clientes ligados em média e alta tensão. Este limite é estabelecido para que sejam respeitados os níveis de segurança de operação do sistema elétrico como um todo, e para que todos os equipamentos do sistema de rede externo e do sistema elétrico estejam devidamente dimensionados.

O cálculo da demanda máxima provável de uma operação e/ou o levantamento da curva de relação de cargas de um sistema é portanto uma atividade básica e fundamental para a garantia da operação de um sistema elétrico. A demanda máxima provável é a soma das diversas cargas que serão ligadas simultaneamente em uma instalação, de acordo com as particularidades de uso de cada cliente. No exemplo anterior, considerando que a instalação teria apenas as três lâmpadas, a demanda máxima provável seria de 300 W.

Devem ser tomadas diversas precauções para o cálculo desta demanda, já que a mesma deverá ser a mesma utilizada em estudos de viabilidade de fornecimento do sistema elétrico e no cálculo da demanda a ser contratada. Estimá-la muito acima do valor real leva a desperdício nas contas de energia, mas o risco maior está em estimá-la muito abaixo da necessidade da atividade de cada cliente. Neste caso, o cliente pode receber multas por ultrapassagem de demanda contratada, além de correr riscos de incêndio e de quedas de fornecimento pelo subdimensionamento do porte do sistema às suas necessidades.


Demanda faturada
A demanda faturada será o maior valor entre as demandas registradas (demanda faturável) e a demanda contratada.
Exemplo 1:
Considerando
- Demanda Contratada Ponta - 23 mil kW
- Demanda Registrada Ponta - 22.846 kW (- 0,6 %)
Teremos:
- Demanda Faturada de Ponta - 23 mil kW

Exemplo 2:
Considerando
- Demanda Contratada Fora de Ponta - 23 mil kW
- Demanda Registrada F. Ponta Indut - 24.350 kW (+5,9 % - acima da tolerância de 5%)
- Demanda Registrada F. Ponta Capac - 23.486 kW (+2,1%)
Teremos:
- Demanda Faturada de Ponta - 23 mil kW
- Demanda Faturada Fora de Ponta - 23 mil kW (contratada)
- Ultrapassagem Demanda Fora de Ponta - 1.350 kW (registrada- contratada)

Exemplo 3:
Considerando
- Demanda Contratada Ponta - 23 mil kW
- Demanda Registrada Ponta - 23.846 kW (+ 3,7 % abaixo da tolerância 5%)
Teremos:
- Demanda Faturada de Ponta - 23.846 kW (registrada)

Energia Ativa

É aquela que efetivamente produz um trabalho útil. Sua unidade de medida é kWh.

Energia Reativa

É a energia necessária ao funcionamento dos equipamentos (transformadores, motores elétricos, fornos a arco, reatores - inclusive aqueles nas luminárias fluorescentes-, etc.). Sua unidade de medida é kVArh.



A energia reativa existe em duas formas diferentes:
- Energia reativa indutiva
Energia gerada por aparelhos consumidores normalmente dotados de bobinas, como motores de indução, reatores, transformadores, ou mesmo aqueles que operam em formação de arco elétrico, como os fornos a arco. Este tipo de carga apresenta fator de potência reativo indutivo.

- Energia reativa capacitiva
Energia que pode ser gerada por motores síncronos superexcitados (compensadores síncronos) ou por capacitores. Este tipo de carga apresenta fator de potência reativo capacitivo.

Energia Total da Carga

É a energia total necessária dentro de uma instalação elétrica, ou seja, toda a energia que precisa ser fornecida para o funcionamento de um determinado circuito. É uma composição das energias ativas e reativas, e sua unidade de medida é kVAh.

Fator de Carga

O Fator de Carga é um índice que permite verificar o quanto que a energia elétrica é utilizada de forma racional. É a razão entre a demanda média, durante um determinado intervalo de tempo, e a demanda máxima registrada no mesmo período.
O fator de carga varia de 0 a 1 e, quanto maior este índice, mais adequado e racional é o uso da eletricidade.
Fc = Dméd (kW ou kVA) / Dmáx (kW ou kVA).
ou
Fc = kWh / kW * nº Horas
Dentre as práticas que merecem mais atenção no gerenciamento de contas de energia elétrica está a melhoria do fator de carga, que pode ser alcançada conservando nível o consumo e reduzindo a demanda, ou aumentando o consumo a um nível adequado à demanda.
Os programas de conservação de energia desenvolvidos pela AES Eletropaulo focam na combinação otimizada dessas alternativas, ou seja, a manutenção do nível de produção da empresa - manutenção do consumo útil (kWh) - mas com efetiva redução de picos de demanda (kW), deslocando a operação de certas máquinas para outros intervalos de baixo consumo na curva de carga da instalação. A otimização dos sistemas de iluminação e refrigeração do sistema - reduzindo o consumo não operacional ou reativo (kWh ou kvarh)- é outra sugestão dos programas de conservação da companhia.

Fator de Demanda

O Fator de Demanda é a relação entre a demanda máxima do sistema e a carga total conectada a ele durante um determinado intervalo de tempo. A carga conectada é a soma das potências nominais contínuas dos aparelhos consumidores de energia elétrica.
O fator de demanda é, usualmente, menor que a unidade. Seu valor somente é unitário se a carga conectada total for ligada simultaneamente por um período igual ao do intervalo de demanda.
Fd = Dmáx (kW ou kVA) / Pinst (kW ou kVA)


Fator de Potência

A energia reativa é fornecida por diversas fontes ligadas ao sistema elétrico, tais como geradores, motores síncronos e capacitores, funcionando de forma individual ou combinada. Os aparelhos utilizados em uma instalação industrial são, em sua maioria, geradores parciais de energia reativa indutiva e não produzem nenhum trabalho útil, sendo responsáveis pela formação do de seu próprio campo magnético.
As próprias linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica são fontes parciais de energia reativa devido à sua própria reatância. Portanto, a energia reativa é geralmente suprida pela fonte geradora, normalmente localizada à distância da planta industrial. Porém, sempre que as fontes de energia reativa ficam em terminais muito distantes da carga, ocorrem perdas na transmissão deste bloco de energia, o que reduz o rendimento do sistema elétrico.

Desta forma, é melhor que a fonte geradora de energia reativa seja instalada no próprio prédio industrial, aliviando a carga de todo o sistema que, desta forma, pode transmitir mais energia que realmente resulte em trabalho (energia ativa). Essa fonte pode ser obtida por meio da instalação de um motor síncrono superexcitado ou, mais economicamente, pela instalação de capacitores de potência.

De acordo com a Resolução ANEEL 456, de 30 de novembro de 2000, o fator de potência é um índice do grau da eficiência com que um determinado sistema elétrico está sendo utilizado.
- Esse índice pode assumir valores de 0 a 1. Valores altos de FP, próximo de 1, indicam o uso eficiente; valores baixos evidenciam mau aproveitamento
- Pela legislação atual, o índice de referência do FP é 0,92
Quando analisado graficamente, o fator de potência mostra claramente que é obtido pela composição da energia ativa com energia reativa. Quanto maior a energia reativa para uma mesma energia ativa, maior será a energia que deverá ser fornecida e maior o fator de potência neste momento. Veja os exemplos abaixo mostrando relações entre as potências ativas de 100 kW e dois diferentes níveis de energia reativa nos casos de fatores de potência de 0,7 e 0,92. Observe que a potência total requerida no caso de fator de potência 0,7 (143KVA) é maior que a potência total requerida para fator de potência 0,9 (109KVA) para a mesma energia ativa:

Um exemplo consagrado é o que associa a energia reativa à espuma de um copo de chopp, e a energia ativa ao líquido do chopp.



Exemplo:
Pela representação podemos observar que:
Para se aumentar a quantidade de líquido (kW) para o mesmo copo de chopp, deve-se reduzir a quantidade de espuma (kVAr). Assim, melhora-se a utilização desse copo (sistema elétrico).
Nessa analogia, o aumento da quantidade de líquido para o mesmo copo de chopp (transformador, condutores, etc.) está associado à entrada de novas cargas elétricas, sem necessidade de alteração da capacidade desse copo.

Diversas são as causas que resultam num baixo fator de potência em uma instalação industrial. Relacionamos algumas delas:
- Motores de indução trabalhando em vazio durante um longo período de operação
- Motores superdimensionados para as máquinas a eles acopladas
- Transformadores em operação em vazio ou em carga leve
- Fornos a arco
- Fornos de indução eletromagnética
- Máquinas de solda a transformador
- Grande número de motores de pequena potência em operação durante um longo período
Porém, algumas causas resultam num baixo fator de potência em instalações comerciais e industriais. Eis algumas delas:
- Grande número de reatores de baixo fator de potência suprindo lâmpadas de descarga (lâmpadas fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio, etc.)
- Equipamentos eletrônicos (os transformadores das fontes de alimentação interna geram energia reativa)
Preste atenção nestas possíveis causas e evite multas indesejáveis, possibilitando a criação de condições para que os custos de expansão do sistema elétrico que o serve sejam distribuídos para a sociedade de forma mais justa.

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