DISJUNTOR MOTOR.



Aparelho constituído de disparadores térmicos e magnéticos atua na partida do motor elétrico, assegurando o comando e a proteção do motor e da partida em si contra queima causada por vibração de tensão e corrente na rede, elevação de temperatura do motor e condutores e sobrecargas.

     Para essa proteção, exerce quatro funções: seccionamento (isola da rede os condutores ativos quando o motor está desligado e protege quando há queima de fases do motor), proteções contra curtos-circuitos (detêm e interrompem o mais rápido possível em correntes elevadas de curtos-circuitos para impedir a deterioração da instalação) e contra sobrecargas (detêm correntes de sobrecargas e interrompem a partida antes que a temperatura do motor e dos condutores fique muito elevada e deteriore os isolantes), e comutação (liga e desliga o motor, podendo ser manual, automática ou a distância).



     O que de fato é um disjuntor motor?

O Disjuntor motor é considerado em sua base principal como um dispositivo de proteção em um circuito principal, onde em um único dispositivo pode controlar e proteger o motor que está empregado no circuito.

Esse dispositivo tem a capacidade de desligar e ligar o motor do circuito de forma manual pelo painel de controle, além claro de proteger os motores contra curto circuitos, sobrecarga ou falta de fase, problemas que podem ocorrer a qualquer momento por diversos fatores e com isso o uso do disjuntor motor dispensa o uso de fusíveis de proteção para o circuito do motor.

A aplicação de um disjuntor motor no circuito como proteção do seu motor possibilita uma economia com fusíveis e ainda uma proteção muito mais elevada para seu motor, pois esse dispositivo pode atuar em milissegundos contra um curto circuito.

Funcionamentos do disjuntor motor.

Além da função de proteção o disjuntor motor possui ainda a função de seccionamento, ou seja, capaz de interromper a passagem de corrente elétrica quando ocorrer uma sobrecarga que fora notificada pelo disparo térmico ou mesmo um curto circuito e com isso rompeu-se o eletromagnético do disjuntor motor.

A proteção feita pelo disjuntor motor contra sobrecarga baseia-se no princípio da dilatação térmica das laminas do contato desse dispositivo, no qual quando ocorre um superaquecimento essas laminas começam a se deformarem ao ponto de romperem o circuito, desligando assim o equipamento empregado a ele.

Já o efeito de curto circuito no disjuntor motor é idêntico a qualquer outro disjuntor de proteção, ou seja, baseia-se no princípio do dispositivo magnético interno onde quando é apontado uma corrente muito alta o rompimento é instantâneo.

Características e vantagens no uso do disjuntor motor.
Além claro de uma bela economia em não ter que utilizar fusíveis de proteção para o motor o disjuntor motor oferece alguns outros ganhos que podem salvar seu orçamento e além do mais proporcionar um circuito mais seguro, estável e sem grandes danos quando alguma falha ocorrer.

Vantagens do uso do disjuntor motor:

Esses dispositivos possuem a capacidade de serem religados sem nenhum esforço extra, dessa forma podem ser rearmados facilmente depois de alguma falha ou mesmo se estiver sendo feito alguma manutenção e se você utilizou o disjunto motor como um seccionador.

Capacidade de interrupção:
O disjuntor motor possui uma interrupção muito elevada e com isso possibilita a empregabilidade em circuitos de correntes muito elevadas e com uma atuação muito precisa pois pelos seus dois princípios de proteção conseguem cobrir todo circuito e equipamento que esteja sob sua proteção, veja:

Magnético: Propriedade do disjuntor motor exclusivo para proteger contra correntes de curto circuito.
Disparador térmico: Propriedade que pode ser ajustada para cada tipo de circuito e corrente aplicada, esse parâmetro protege contra sobrecarga e é dotado de um mecanismo diferencial que possui sensibilidade de falta de fase também
Ajuste do disjuntor motor:

É sempre recomendado que o valor de corrente do disjuntor motor seja sempre ajustado para a mesma do motor empregado sob sua proteção, pois como sabemos os motores em sua partida possui uma corrente bem maior do que a de trabalho, com isso fazendo o ajuste para a mesma do motor o dispositivo não irá desligar o circuito nas partidas.


A ligação de um disjuntor motor em um motor monofásico é possível, mas deve ser feito uma ponte da fase nas outras duas entradas do disjuntor da mesma fase e na saída à mesma coisa, para que o sistema de proteção do disjuntor entenda o que se procede em um sentido uniforme, mesmo sendo somente uma fase, ele vai ver o que ocorre e atuará, porque a corrente de fase circula por todo o seu sistema e pode assim proceder com precisão mesmo sendo uma fase só.




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DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO - DR

Segundo dados da ABRACOPEL, em 2011 no Brasil houveram 298 mortes causadas por choques elétricos, além de 265 incêndios tendo como causa provável a eletricidade. Boa parte destes acidentes poderia ter sido evitada com a adoção de um simples dispositivo: O DR.

Um dispositivo de corrente diferencial-residual (dispositivo DR) é um equipamento de proteção que detecta em um circuito a existência de uma fuga à terra e provoca o seccionamento do circuito quando o valor da corrente diferencial ultrapassa um valor definido.
Fig. 1 – O DR.
Os dispositivos DR´s constituem-se no meio mais eficaz de proteção de pessoas (e de animais domésticos) contra choques elétricos. São o único meio ativo de proteção contra contatos diretos e, na grande maioria dos casos, o meio mais adequado para proteção contra contatos indiretos. Segundo a NBR 5410, o uso de DR’s com corrente diferencial-residual nominal igual ou inferior a 30 mA é reconhecido como proteção adicional contra choques elétricos.
Os dispositivos DR também podem exercer a proteção contra incêndio e constituir-se em “vigilantes” da qualidade da instalação, quando sua corrente diferencial-residual nominal for de 300 mA.

Princípio de Fucionamento
O dispositivo DR detecta a soma fasorial das correntes que percorrem os condutores vivos de um circuito em um determinado ponto. Os condutores são montados de maneira radial, formando um transformador toroidal de excelentes características ferromagnéticas, capaz de detectar correntes de fuga à terra.
Fig. 2 – Transformador toroidal. 

A corrente diferencial-residual (IDR) detectada provoca a interrupção do circuito quando seu valor ultrapassa um valor preestabelecido, chamado de corrente diferencial-residual de atuação (IΔN). Em uma eventual fuga à terra, origina-se um fluxo no núcleo magnético que aciona um relé, o qual atua sobre o mecanismo que executa a abertura dos contatos principais.
Fig. 3 – Construção interna de um DR.
Locais de Aplicação
 A seção 5.1.3.2.2 da NBR 5410 estabelece alguns casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como proteção adicional é obrigatório. ”Qualquer que seja o esquema de aterramento, deve ser objeto de proteção complementar contra contatos diretos por dispositivos a corrente diferencial-residual (dispositivos DR) de alta sensibilidade, isto é, com corrente diferencial residual IΔN igual ou inferior a 30 mA”:
a) Os circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo banheira e chuveiro;
b) Os circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
c) Os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior;
d) Os circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens, e no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens.”
Padrões internacionais

Tendo como base as normas IEC 61008-1, IEC 61009-1 e IEC 60947-2, podemos dividir os DRs em três tipos, sendo:
Tipo I – Dispositivos que operam sem proteção de sobrecorrente, para proteção residencial e similar
Fig. 4 – DR sem proteção de sobrecorrente.
Tipo II – Dispositivos que operam com proteção de sobrecorrente incorporada, para proteção residencial e similar.

Fig. 5 – DR com proteção de sobrecorrente incorporada.
Tipo III – Dispositivos de corrente diferencial residual com toróide externo: usado em plantas industriais com elevadas correntes de fuga à terra. São compostos por um relé conectado a um toróide externo com enrolamento para detecção de corrente residual. No caso de falha à terra, um sinal comanda o mecanismo de abertura de um dispositivo de seccionamento de potência (disjuntor ou contator). Uma característica comum nestes dispositivos é a possibilidade de ajustar-se o nível de corrente de fuga e também definir um tempo de atraso (Delay) para a atuação da proteção. Esta função é especialmente útil na proteção de motores de indução trifásicos, os quais podem apresentar elevadas correntes de fuga no momento da partida.

Fig. 6 – DR com ajuste de corrente de fuga e atraso de tempo.
Classificação

Quanto ao tipo de proteção, os DRs podem ainda ser subdivididos nos seguintes tipos:
a) Quanto ao tipo de falta possível de se detectar:
- Tipo AC: a abertura é garantida para correntes residuais alternadas senoidais
- Tipo A: a abertura é garantida para correntes residuais alternadas senoidais e correntes residuais pulsantes (retificadas meia-onda)
- Tipo B: A abertura é garantida para correntes residuais contínuas, para correntes residuais alternadas senoidais e correntes residuais pulsantes
b) Quanto ao tempo de operação:
- Tipo Instantâneo
- Com tempo de atraso (tipo S)

Critérios para instalação

Os DRs poderão ser instalados em sistemas de aterramento do tipo TT e TN-S. Para sistemas IT, o DR poderá ser instalado, entretanto as correntes de fuga nestes sistemas são naturalmente limitadas. Para os métodos TN-C e IT Médico, o dispositivo não poderá ser instalado (conforme NBR 13534:2008).
 
As seções a seguir ilustram algumas maneiras de efeuar a ligação de DRs de dois e quatro pólos, em diferente níveis de tensões.
Redes Monofásicas com Neutro (127 V e 220 V) e trifásicas com neutro (220 V e 380 V)

Nestes casos, a linha de entrada pode ser conectada nos terminais inferiores ou superiores, sendo todos os condutores de fase, incluindo o neutro, conectados ao dispositivo.
O condutor de terra nunca deverá ser ligado ao dispositivo residual, bem como o neutro em sua saída nunca deverá ser ligado ao condutor de terra em nenhum ponto da instalação.
Um dispositivo tetrapolar poderá ser utilizado como bipolar, desde que este seja conectado corretamente.
Fig. 7 – Possibilidades de conexão do DR em redes monofásicas e trifásicas com neutro.

Redes Monofásicas sem Neutro (220 V e 380 V)

Para os interruptores bipolares, os cabos de entrada devem ser conectados nos terminais 1-3 e os cabos de saída devem ser conectados nos terminais 2-4.
No caso de interruptores tetrapolares, os cabos de entrada devem ser conectados nos terminais 5-7 e os cabos de saída conectados nos terminais 6-8, ficando o restante dos terminais sem conexão.
Fig. 8 – Possibilidades de conexão de DRs em linhas monofásicas sem neutro.

Botão de Teste

Por tratar-se de um dispositivo de segurança nas instalações elétricas, a função Diferencial-Residual do equipamento deverá ser testada periodicamente (recomenda-se uma vez ao mês). Para efetuar tal função, o DR dispões de um botão de teste, capaz de “simular” uma fuga à terra.
Conclusão

Além de ser um equipamento de uso obrigatório no Brasil de acordo com a NBR 5410, o DR pode salvar vidas e proteger o patrimônio, de maneira segura e econômica.
Fonte: ABB

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INSTALAÇÃO DE DISJUNTORES

   Os disjuntores são equipamentos de suma importância para a proteção de um sistema elétrico, seja ele residencial, comercial ou industrial e também do patrimônio e de seus Usuários (As pessoas).

   Para se obter uma exata atuação de um disjuntor em relação a um circuito que ele protege é de grande importância que se faça um dimensionamento.

   Para se obter esse dimensionamento do disjuntor em plena integração com o circuito, deve-se fazer um levantamento das cargas na grandeza em watts. Devemos obter a grandeza também em Volts.

   Por ex: Vamos fazer uma ampliação em nossa residência, iremos instalar mais 20 lâmpadas Led de 25W e a tensão de nosso sistema de distribuição nos fornece 220V.

  Pegamos um dos mais simples formulas de cálculos de dimensionamentos que é W/V=A
Sendo V tensão elétrica em Volts.
Sendo W potência elétrica em Watts.
Sendo A corrente elétrica em Amperes.

  Agora pegamos os dados e vamos a formula: 20x25W=500W
Tensão de elétrica local: 220 V

  Temos W/V=A - 500W/220V = 2,73A

  Temos já um dado para nosso circuito de lâmpadas e podemos dimensionar um disjuntor aproximado de 6A, já que não há disjuntores menores.

   Mas ainda não terminou nosso trabalho temos que ver que fio vai ser usado para esse circuito em questão.

O que é a capacidade de corrente de um cabo?


   É a maior corrente, em regime permanente, que um condutor suporta sem que a temperatura do mesmo ultrapasse a temperatura máxima suportada pela isolação (temperatura de trabalho).
   Depende do material do condutor, do material da isolação, da construção do cabo, da temperatura ambiente e da forma como está instalado.
A NBR 5410 apresenta tabelas de capacidade de corrente para vários métodos de instalação de baixa tensão.
   O mais fácil e também muito preciso é utilizar tabela de cabos aonde já se é dimensionado a resistência do condutor em relação a corrente de suporte.
Como por exemplo uma tabela simples como essa abaixo:

    Ou fazer um calculo de resistência elétrica, que também há diversas formulas a serem utilizadas dependendo do sistema a ser utilizado.
    Mas se quiser utilizar as formulas deve seguir uma sequencia de resultados dentro de diversas formulas para se obter a seção de condutor exata e ai ver em uma tabela como essa acima qual fio pode se aproximar. Abaixo as formulas, bom proveito!
 Para circuitos monofásicos em corrente alternada:
Intensidade de corrente:
I = ( U cosq ) / R I = U / Z
I = P / ( U cosq ) I = N / U
Tensão:
U = ( R I ) / cosq U = N / I
U = P / ( I * cosq)
Resistência R = ( U * cosq ) / I
Reatância X = ( U * senq ) / I
Impedância
Potência ativa P = U * I * cosq
Potência reativa Q = U * I * senq
Potência aparente N = U * I
Resistência ôhmica por fase Rf = l / ( s * S )
Queda de tensão DU = 2 * Rf * I * cosq
Queda de tensão em % DU% = 100 * DU / U
Seção do condutor S = ( 2 * I * l * cosq) / ( s * DU)

SIMBOLOGIA
U = tensão em volts (V)
I = corrente em ampères (A)
R = resistência em ohms (W)
P = potência em watts (W)
Q = potência reativa em Volt ampères reativos (VAr)
N = potência aparente em Volt ampères (VA)
cosq = fator de potência - f.p.

Finalizando, não deixe de usar disjuntores e componentes elétricos de boa qualidade em sua residência ou comercio, sempre contrate um profissional habilitado e que esteja regular com as entidades fiscalizadoras que lhe possa te dar pelo menos uma ART do serviço e que possa lhe apresentar um projeto ou croqui de sua instalação, ou contrate uma empresa especializada em projetos/execução de sistemas elétricos. Porque meus caros amigos depois ninguém é culpado quando houver problemas em sua instalação elétrica.
Abaixo um CD com disjuntores bem simples e eficiente para residência, ainda pode ser acrescentado os disjuntores residuais os chamados DR para certos circuitos caso queira ter ainda mais proteção, não recomendo usar DR como geral, devido que ele é muito perceptível as ondas residuais e os equipamentos de resistência, como chuveiros e geladeiras, fornos ou micro-ondas fazem com que ele atue abrindo do o sistema geral da rede elétrica, é melhor usar em individual e em circuitos estáveis. Um bom aterramento sempre é necessário, mais isso fica pra outro post.


Volnei Reis Projetos Elétricos.


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RESISTÊNCIA ELÉTRICA, RESISTIVIDADE E LEI DE OHM

corrente elétrica consiste no movimento ordenado de elétrons é formada quando há uma diferença de potencial (ddp) em um fio condutor. E esse movimento no condutor fica sujeito a uma oposição que é conhecida como resistência elétrica.

No inicio do século 19, o físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854) descobriu duas leis que determinam a resistência elétrica dos condutores. Essas leis, em alguns casos, também valem para os semicondutores e os isolantes.
A primeira lei de Ohm
Considere um fio feito de material condutor. As extremidades desse fio, são ligadas aos pólos de uma pilha, como mostra a figura abaixo. Desse modo, a pilha estabelece uma diferença de potencial no fio condutor e, consequentemente, uma corrente elétrica. Para se determinar o valor da corrente elétrica, coloca-se em série no circuito um amperímetro e, em paralelo, um voltímetro que permitirá a leitura da tensão. A montagem do circuito está ilustrada na figura abaixo:






Com o circuito montado e funcionando, fazemos as medições de tensão e corrente através dos aparelhos instalados. Agora imagine que a diferença de potencial da pilha seja dobrada (podemos fazer isso ligando uma segunda pilha em série com a primeira). Como resultado dessa alteração, o voltímetro marcará o dobro da tensão anterior, e o amperímetro marcará o dobro de corrente elétrica. Se triplicarmos a diferença de potencial, triplicaremos a corrente elétrica. Isso quer dizer que a razão entre a diferença de potencial e a corrente elétrica tem um valor constante. Essa constante é simbolizada pela letra R.

R=Ui
Se colocarmos a corrente elétrica (i) em evidência, podemos observar que, quanto maior o valor de R, menor será a corrente elétrica. Essa constante mostra a resistência que o material oferece à passagem de corrente elétrica.

A primeira lei de Ohm estabelece que a razão entre a diferença de potencial e a corrente elétrica em um condutor é igual a resistência elétrica desse condutor. Vale salientar que a explicação foi desenvolvida tendo como base um condutor de resistência constante. É por isso que condutores desse tipo são chamados de condutores ôhmicos.

A unidade de resistência elétrica no Sistema Internacional está exposta no quadro a seguir.

R=voltampere=ohm(Ω)
A segunda lei de Ohm
A primeira lei de Ohm nos apresentou uma nova grandeza física, a resistência elétrica. A segunda lei de Ohm nos dirá de que fatores influenciam a resistência elétrica. De acordo com a segunda lei, a resistência depende da geometria do condutor (espessura e comprimento) e do material de que ele é feito. A resistência é diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a área de secção (a espessura do condutor). Observe a figura abaixo.








A figura apresenta a segunda lei de Ohm, onde L representa o comprimento do condutor e A é a área de sua secção reta. Essa equação mostra que se aumentarmos o comprimento do fio, aumentaremos a resistência elétrica, e que o aumento da área resultará na diminuição da resistência elétrica.
Conclui-se nisso a importância de um bom estudo técnico nas instalações elétricas para obter-se dados de demanda e assim obter-se um dimensionamento exato e real da instalação a ser definida pelo profissional quando dá elaboração de um projeto elétrico, um projeto elétrico, defini diversos fatores primordiais em uma instalação, como; proteção, condutores, isoladores, assessórios adequados, componentes, etc...

Volnei Reis Projetos Elétricos

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FIM DAS LÂMPADAS INCANDESCENTES E UMA NOVA ERA DE LÂMPADAS


Desde o dia 1º de julho, o varejo não poderá comercializar lâmpadas incandescentes com potências superiores a 60 W que não atendam aos níveis mínimos de eficiência energética, definidos pelo Plano de Metas estabelecido na Portaria interministerial nº 1007/2010. A partir de julho, também encerra-se a possibilidade de importação ou fabricação no Brasil de lâmpadas incandescentes de potências superiores a 40 W com eficiência inferior a 15,5 lm/W em 127 V e 13,0 lm/W em 220 V.


A regulamentação visa induzir que as lâmpadas incandescentes de uso comum atinjam níveis mínimos de eficiência mais rigorosos que os atuais, ou consequentemente, sejam substituídos por equipamentos com eficiências luminosas superiores, como lâmpadas halógenas, fluorescentes compactas e Leds.
Este processo resultará no banimento das lâmpadas incandescentes comuns, uma vez que a tecnologia não deve apresentar uma evolução de eficiência capaz de fazê-la permanecer no mercado. O processo de fabricação / importação de lâmpadas incandescentes deve findar-se por completo em junho de 2016, sendo permitida a comercialização destas lâmpadas por atacadistas e varejistas até 30 de junho de 2017.
Esta medida do governo foi elaborada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE) e coordenada pelos ministérios de Minas e Energia; Ciência, Tecnologia e Inovação, e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Inmetro, responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e também pelo controle de importações de produtos etiquetados, como as lâmpadas fluorescentes compactas e incandescentes.

Desde janeiro de 2007 e fevereiro de 2009, as lâmpadas fluorescentes compactas e incandescentes, respectivamente, não podem ser importadas ou fabricadas no Brasil sem atender a requisitos estabelecidos nas Portarias do Inmetro, em consonância com o que determina o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), e devem ostentar na embalagem a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), indicando a sua eficiência energética, fluxo luminoso e vida útil.

O que o mercado de iluminação aguarda ansiosamente, porém, é a regulamentação das lâmpadas de Led que penetram cada vez mais no mercado mundial. Com o banimento das lâmpadas incandescentes, a lâmpada Led para retrofit será uma das opções mais vantajosas em função de seu menor consumo de energia, maior vida útil e diversas outras vantagens. O grande problema, entretanto, é a penetração de muitos produtos de qualidade discutível no mercado.
Um estudo recente, realizado pelo Cepel/Eletrobras, demonstrou que nenhuma lâmpada Led coletada em 2011 para pesquisa passaria nos requisitos que o Inmetro deverá lançar em breve para regulamentação desses produtos. As maiores causas de reprovação foram a eficiência luminosa, a depreciação do fluxo luminoso e o índice de reprodução de cores.
Com base na Energy Star, programa de etiquetagem voluntário nos Estados Unidos, o programa brasileiro deve iniciar em breve, de forma única e diferenciada. Nos Estados Unidos, existem atualmente 4.400 lâmpadas com Selo Energy Star, porém, bem mais de 15.000 modelos de lâmpadas Led disponíveis para compra no mercado. Isso mostra que mesmo nos Estados Unidos a existência de produtos de qualidade não avaliada é muito grande.
Segundo o coordenador técnico da divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro, o engenheiro Alexandre Paes Leme, a regulamentação está prevista para ser publicada em outubro deste ano, após serem publicados os Requisitos Técnicos da Qualidade (RTQ) e o Regulamento da Avaliação da Conformidade (RAC), primeiro voluntária, mas posteriormente de forma compulsória.
Tal publicação deverá movimentar o mercado de iluminação como um todo, uma vez que exigirá um desempenho mínimo para as lâmpadas de Led comprovadamente por meio da certificação do produto. Com isso, futuramente, as lâmpadas Led para serem comercializadas no Brasil deverão ser testadas, certificadas e registradas no Inmetro, garantindo ao consumidor especificações mínimas de desempenho e segurança. Com isso, efetivamente teremos meios para seleção de produtos mais confiáveis e a garantia de uma maior eficiência energética para edificação.
Por Juliana Iwashita 

 Volnei Reis Projetos Elétricos 


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REDES SUBTERRÂNEAS EM CONDOMÍNIOS PARTICULARES




Tendência irreversível no mercado da construção civil, as redes subterrâneas a cada dia ganham mais terreno em obras em que a segurança, a beleza, a praticidade e os baixos custos de manutenção são características indispensáveis para a realização de projetos modernos.

Diante do exposto, as distribuidoras do grupo CPFL Energia procuraram estabelecer procedimentos condizentes com tal realidade, incorporando materiais e conceitos que garantam um sistema altamente confiável, sendo adotados equipamentos como transformadores tipos pedestais (padmounted), emendas desconectáveis e barramentos múltiplos isolados.

 Os documentos disponibilizados pela concessionária têm como objetivo estabelecer procedimentos técnicos e critérios básicos para a elaboração de projetos de redes subterrâneas de distribuição em condomínios fechados, de forma a assegurar as necessárias condições técnicas das instalações, adequada qualidade no fornecimento de energia e níveis de segurança compatíveis com as necessidades operacionais.

 Estes procedimentos e critérios aplicam-se a projetos de redes primárias e secundárias nas tensões padronizadas na CPFL Energia. Como regra, o padrão nas oito distribuidoras do grupo para construção de condomínios particulares de redes de distribuição é aéreo. Somente para condomínios e loteamentos fechados, a critério da concessionária, poderá ser aprovado um padrão alternativo de rede subterrânea.

Este artigo aborda aspectos de projetos elétricos e civil, bem como planejamento e aspectos de operação de redes de distribuição subterrâneas construídas em loteamentos e em condomínios particulares.

Procurou-se utilizar equipamentos e materiais mais comuns ao mercado e de uso comprovadamente satisfatório do ponto de vista de praticidade de operação e manutenção, bem como confiabilidade da rede, possibilidade de expansão e aumento de cargas.

Desenvolvimento A política proposta para atendimento a novos loteamentos e condomínios nas distribuidoras do grupo CPFL Energia é de obras executadas somente por terceiros (empreendimentos particulares).

A energização das redes particulares requer a sua incorporação às redes das distribuidoras por contratos de incorporação da rede elétrica subterrânea e obras civis e termos de autorização de passagem, permitindo o uso do solo para a construção e manutenção da rede.

A medição é executada por meio de equipamentos convencionais, sendo instalados pela concessionária e o padrão a ser utilizado é o mesmo do cliente atendido por rede aérea, com a devida alteração para ramal subterrâneo.

A rede de iluminação da parte comum (normalmente ornamental) é construída e mantida pelo interessado, sendo que para isso deve ser instalada medição exclusiva ou deve ser interligada à medição da administração geral (condomínio).



A rede de distribuição primária é projetada com circuitos radiais com recurso, sendo que no caso de pequenos circuitos, o recurso é dispensado. A instalação dos cabos é feita por dutos em vias de circulação de veículos ou calçadas.

A derivação é feita por meio de acessórios desconectáveis, devendo ser instalados dispositivos indicadores de defeito. Os acessórios desconectáveis, os indicadores de defeitos e outros equipamentos necessários à rede (chaves de manobra, etc.) são instalados em caixas de inspeção, dimensionados conforme o equipamento a ser instalado e/ou sua finalidade.

Acessórios desconectáveis possuem uma concepção de projeto baseada no sistema plugue-tomada, mas, no caso de tensões primárias, permite fácil conexão e desconexão de um cabo de potência, de um equipamento, de um ponto de derivação ou de uma emenda.

Em função de sua construção, podem ser instalados em ambientes sujeitos a inundações, sendo recomendados para redes subterrâneas.

Indicadores de defeitos têm função similar aos aplicados em redes aéreas. São dispositivos que, instalados em circuitos de média tensão, identificam o desequilíbrio de correntes originados por curto-circuito ou desbalanceamento entre fases acima da corrente limite estipulada, sinalizando a ocorrência de falhas.

 Tais dispositivos são de suma importância para a localização de defeitos, pois a rede subterrânea não está visível para a localização de um cabo rompido ou danificado.

Os cabos padronizados para a rede primária são multiplexados, de cobre ou de alumínio, com seção de 35 mm2 e 70 mm2. Para classe 15 kV para classe 25 kV, com isolação EPR ou XLPE e cobertura de PVC. Há um condutor de proteção de cobre nu de seção de 35 mm2 para cada banco de dutos com circuitos primários, sendo que o mesmo deve ser instalado em duto independente.

Os transformadores padronizados são do tipo pedestal (padmounted), nas capacidades de 75 kVA, 150 kVA, 225 kVA, 300 kVA e 500 kVA, nas classes de tensão 15 kV e 25 kV, instalados sobre base de concreto.

Em loteamentos e condomínios, a questão de espaços é muito mais favorável, sendo que a instalação de equipamentos em base de concreto (pedestal) facilita a sua manutenção, substituição e operação.
Seguindo a mesma filosofia de equipamentos em bases de concreto, a distribuição dos circuitos secundários é feita através de quadros de distribuição em pedestal (QDPs), sendo os circuitos manobrados e protegidos por chaves de abertura trifásicas e fusíveis tipo NH.

Os cabos padronizados para a rede secundária são unipolares, de cobre, com seções de 70 mm² e 120 mm² e de alumínio, com seções de 95 mm2 e 185 mm², para classe de isolação 06/1 kV; com isolação EPR ou XLPE com cobertura de PVC.

Os cabos padronizados para o ramal de entrada das unidades consumidoras é de cobre com seções de 16 mm² e 35 mm2, podendo ser característica de isolação similar à aplicada aos cabos de rede ou de PVC de isolação classe 0,6/1 kV.

Para ambos os casos (cabos de rede e de ramal de entrega), o neutro deve ter seção igual à aplicada nos cabos das fases e a cobertura em PVC na cor azul claro.
Os circuitos secundários são radiais podendo haver recursos/interligações quando viáveis e lançados em dutos instalados em calçadas e, eventualmente, sob ruas e avenidas.

A derivação para os consumidores é feita por meio de barramentos múltiplos isolados, instalados em caixas de passagem com tampões de ferro. A conexão do ramal de entrada do cliente ao barramento é definida como o ponto de entrega, ponto que a concessionária é responsável pela manutenção.

O traçado da rede secundária deve preferencialmente possuir comprimentos inferiores a 250 metros. É solicitada a interligação de caixas adjacentes de diferentes circuitos secundários, quando as distâncias entre elas não forem superiores a 40 metros, devendo estar instalado cabeamento bloqueado com capuz em uma das extremidades.

São utilizados dutos corrugados de PEAD diretamente enterrados, configurando os bancos de dutos. Os dutos destinados a circuitos primários devem ser instalados a 80 cm de profundidade quando em vias de circulação de veículos e a 60 cm quando em calçadas.




 Os dutos destinados a circuitos secundários devem ser instalados a 60 cm de profundidade e somente em calçadas (exceção em travessias). Dutos facilitam a substituição ou lançamento de novos cabos em trecho com bancos de dutos já existentes, sem a necessidade de escavações.

Além da instalação dos bancos de dutos, temos as obras civis das caixas de inspeção, de passagem, bem como as bases de transformador e quadros de distribuição e proteção (QDPs).

Caixas de passagem e de inspeção facilitam o puxamento de cabos, tanto primários quanto secundários, assim como a instalação de acessórios desconectáveis, indicadores de defeitos e equipamentos.

 Volnei Reis Projetos elétricos 


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