O QUE É EQUIPOTENCIALIZAÇÃO?

Podemos definir equipotencialização como o conjunto de medidas que visa minimizar as diferenças de potenciais entre componentes de instalações elétricas de energia e de sinal ( Telecomunicações, rede de dados, etc.), prevenindo acidentes com pessoas e baixando a níveis aceitáveis os danos tanto nessas instalações quanto nos equipamentos a elas conectados.


Condições de equipotencialização:

Interligação de todos os aterramentos de uma mesma edificação, exceto casos específicos de acordo com as prescrições das instalações.

O quadro geral de baixa tensão (QGBT), o distribuidor geral da rede telefônica, o da rede de comunicação de dados, etc., deverão ser convenientemente interligados, formando um só aterramento.

Todas as massas metálicas de uma edificação, como ferragens, grades, guarda-corpos, corrimãos, portões, bases de antenas, bem como carcaças metálicas dos equipamentos elétricos, devem ser convenientemente interligadas ao aterramento.

Todas as tubulações metálicas da edificação, como rede de hidrantes, eletrodutos, e outros, devem ser interligadas ao aterramento de forma conveniente.

Os aterramentos devem ser realizados em anel fechado, malha, ou preferencialmente pelas ferragens estruturais das fundações da edificação, quando esta for eletricamente contínua ( e na maioria das vezes é).

Todos os terminais "terra" existentes nos equipamentos deverão estar interligados ao aterramento via condutores de proteção PE que, obviamente, deverão estar distribuídos por toda a instalação da edificação.

Todos os ETIs (equipamentos de tecnologia de informações) devem ser protegidos por DPSs (dispositivos de proteção contra surtos), constituídos por varistores centelhadores, diodos especiais, Taz ou Tranzooby, ou uma associação deles.

Todos os terminais "terra" dos DPSs devem ser ligados ao BEP (barramento de equipotencialização principal) através de ligação da massa dos ETIs pelo condutor de proteção PE.

No QDP (quadro de distribuição principal de baixa tensão), ou no quadro do secundário do transformador, dependendo da configuração da instalação elétrica de baixa tensão, deve ser instalado um DPS de características nominais mais elevadas que possibilite uma coordenação eficaz nos quadros de alimentação dos circuitos terminais que alimentam os ETIs.

Nestes casos podem ser utilizados vários recursos que otimizem o custo da instalação, como, por exemplo, o aproveitamento de bandejamento dos cabos, hidrantes, caso seja garantida sua continuidade elétrica em parâmetros aceitáveis.

Para que a interligação ocorra de maneira correta e eficaz, ceve-se instalar próximo ao QDP, para instalações de energia da edificação, uma barra de cobre distanciada da parede em alguns centímetros e isolada desta por isoladores de porcelana, resina, ou outro material isolante.

Esta barra deve ter dimensões compatíveis que assegurem um bom contato elétrico, preservando suas características de resistência meca nica e de baixa impedância elétrica.

Consequentemente, um bom parâmetro para suas dimensões são: largura = 50mm, espessura = 6mm e comprimento não inferior a 500mm. Tanto a NBR 5410:2004 quanto a NBR 5919:2001 denominam este barramento de BEP (barramento de equipotencialização principal).

Portanto, fazer uma interligação convenientemente consiste em se conectar todos os aterramentos neste BEP, inclusive as ferragens da edificação, pelo caminho mais curto possível e dela se retirar tantos condutores de proteção PE quantos forem necessários para "servir" a instalação.

Cabe esclarecer que se por qualquer motivo alguma tubulação metálica não puder ser diretamente interligada ao BEP, por exemplo a corrosão galvânica, esta interligação deverá ser realizada de forma direta via centelhador.


Obs: O uso frequente da palavra "conveniente" nos itens anteriores enfatiza que a interligação entre aterramentos deve obedecer a certos critérios, pois interligar aterramentos não é simplesmente interligar um eletrodo ao outro.








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Um comentário:

Plinio Ferreira disse...

Parabéns pelo conteúdo postado, excelente orientação
Plínio pdfengenharia@gmail.com